Notícias de São Luis Gonzaga e Região.

27 de maio de 2011

Trabalho escravo ainda faz 20 mil vítimas no país, diz Ministério Público do Trabalho

 O Brasil ainda tem cerca de 20 mil trabalhadores que atuam em condição análoga à escravidão e os atuais métodos de combate à prática criminosa ainda não são suficientes para zerar a conta. Quem admite a situação é o Ministério Público do Trabalho (MPT) que lançou hoje (27) uma campanha nacional para sensibilizar a sociedade desse problema que persiste mais de um século depois do fim da escravidão no país. A campanha busca atingir empresários, sociedade e trabalhadores por meio de propagandas de TV, rádio e uma cartilha explicativa.

A ideia é mostrar que o trabalho escravo não se configura apenas pela situação em que o trabalhador está preso em alguma propriedade no interior, sem comunicação. “A legislação penal brasileira mudou em 2003 e incluiu condições degradantes de trabalho e jornadas exaustivas como situações de trabalho escravo. O trabalho escravo não é só o que tem cerceio de liberdade, pode ser psicológico, moral”, explica Débora Tito Farias, coordenadora nacional de erradicação do trabalho escravo do MPT.

Essa mudança na percepção está levando os órgãos fiscalizadores a encontrar novas situações de trabalho degradante também no meio urbano, como em confecções e na construção civil. A campanha pretende ajudar a sociedade a identificar e denunciar essas práticas. “A pressão social hoje é um fator muito importante em qualquer tipo de campanha. É importante que a sociedade perceba que a comida, o vestido pode ter um componente de trabalho escravo”, afirma o procurador-geral do Trabalho, Otávio Lopes.

Segundo o procurador, a compra de produtos que respeitem a dignidade humana deve ser vista da mesma forma que já ocorre com produtos orgânicos e com a preservação da natureza. Atualmente, uma lista do Ministério do Trabalho detalha os empregadores que submeteram trabalhadores à condição análoga a de escravo. Mais conhecida como lista suja do trabalho, a publicação tem hoje 210 empregadores listados.

Lopes afirma que o principal problema para zerar o trabalho escravo no Brasil é a reincidência, uma vez que muitos trabalhadores resgatados e não qualificados acabam voltando para a situação que tinham antes.
“Quando tiramos aquela pessoa da situação de trabalho e não damos uma alternativa de qualificação, não estamos ajudando, estamos enganando.”

De acordo com o MPT, as parcerias para qualificação do trabalhador estão sendo firmadas com administrações estaduais e locais, de acordo com a necessidade econômica de cada região. 

Do: Uol Notícias

Um comentário:

  1. oa matéria. Aconselho os seu leitores a ler (NA TERRA DAS PALMEIRAS: Gênero, Trabalho e Identidades no Universo de Quebradeiras de Coco Babaçu no Maranhão http://www.posafro.ufba.br/_ARQ/dissertacao_viviane_barbosa.pdf), para quem quer defender Monografia serve para vários todas as áreas (saúde do trabalhador - quebradeira de coco babaçu slg, administração na organização das quebradeira de coco slg, direitos da QCSLG, etc...)

    Pois bem, na noite de quarta feira Santa estive em São Luís Gozanga do Maranhão e lá vir três ônibus (AGROS) estacionado ao lado dos estrombos do já demolido mercado público. Diante de várias notícias que se ler sobre o tema, São Luís Gonzaga do Maranhão, na sua maioria, tem um ou dois trabalhadores inseridos na relação demão-de-obra escrava. E confesso que fiquei preocupado diante da imagem e da informação que me repassaram, pois estavam recrutando mão-de =-obra, agora, se estavam dentro da legalidade ou ilegalidade, não souberam me informar. É um bom tema ser abordado pelos pretendentes ou postulantes ao cargo político representativo. Já basta. O eleitoral estar estafado de tantos insultos pessoais e não ter projetos estruturantes para cidade. Agora, buscando contribuir com o Blog, veja o que saiu no -6 de janeiro de 2011 às 10:02 - http://www.jornalpequeno.com.br/2011/1/6/maranhao-tem-22-empregadores-na-lista-suja-do-trabalho-escravo-142561.htm

    Veja a relação dos 22 empregadores do Maranhão que estão na ‘lista suja’

    1. Adailto Dantas de Cerqueira (Fazenda São Jorge, BR-222, Km 109, Povoado São Miguel, Santa Luzia)

    2. Alcides Reinaldo Gava (Fazendas Reunidas São Marcos e São Bento, Carutapera)

    3. Alsis Ramos Sobrinho (Carvoaria do Alsis, BR-222, Km 25, Açailândia)

    4. Antônio Barbosa Passos (Fazenda Reluz, BR-222, km 100, Bom Jesus das Selvas

    5. Antônio das Graças Almeida Murta (Fazenda Lagoinha, BR-222, Km 85, Rua Rio Grande, 900, Açailândia)

    6. Antônio Fernandes Camilo Filho (Fazenda Lagoinha, BR-222, km 80, Bom Jesus das Selvas)

    7. Diego Moura Macedo (BR-316, Km 383, São Luiz Gonzaga do Maranhão)

    8. Edésio Antônio dos Santos (Fazenda Ilha, Povoado Alto Verde/Veneza, s/n, Capinzal do Norte)

    9. Francisco Antelius Sérvulo Vaz (Fazenda Ceap, Codó)

    10. Gilberto Andrade (Fazenda Boa Fé, Povoado Caru, Centro Novo do Maranhão)

    11. João Dilmar Meller Domenighi (Fazenda Carajá, Balsas)

    12. João Feitosa de Macedo (Fazenda J. Macedo, Povoado Morada Nova, Bela Vista do Maranhão)

    13. José Celso do Nascimento Oliveira (Fazenda Planalto 2, Santa Luzia)

    14. José Egídio Quintal (Fazenda Redenção, Açailândia)

    15. José Escórcio de Cerqueira (Fazenda Santa Bárbara e Fazenda Bom Jesus, BR-222, Km 135, Monção)

    16. Max Neves Cangussu (Fazenda Cangussu, Bom Jardim)

    17. Nyedja Rejane Tavares Lima (Fazenda Thâmia, BR-222, km 47, Povoado Mata Sede, Santa Luzia)

    18. Ramilton Luís Duarte Costa (Fazenda Terra Bela, Governador Edison Lobão)

    19. Roberto Barbosa de Souza (BR-222, Km 413, Santa Luzia)

    20. Salomão Pires de Carvalho (Fazenda Aldeia, Lugarejo Boca do Carcado, Povoado Aldeia, Matões do Norte)

    21. Vilson de Araújo Fontes (Fazenda Cabana da Serra, Povoado Morcego, Santa Luzia)

    22. Vital Ferreira da Costa (Fazenda Brejo das Araras, João Lisboa)

    Fonte 1 :http://www.jornalpequeno.com.br/2011/1/6/maranhao-tem-22-empregadores-na-lista-suja-do-trabalho-escravo-142561.htm;

    E essas de anos anteriores.

    Fonte 2: http://www.reporterbrasil.org.br/exibe.php?id=1381

    Fonte 3: http://imirante.globo.com/noticias/2010/07/06/pagina246859.shtml.

    Fonte 4: http://www.reporterbrasil.com.br/pacto/listasuja/lista

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